quarta-feira, 29 de julho de 2009

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Pelas Beradas

A próxima sexta-feira promete para meninas que curtem meninas. Vai rolar no Clube Hebraica em Laranjeiras a Festa Berada que vem se mostrando diferente do que a gente já está cansado de ver. Com ambientes, Dj’s e drinks, a festa tem de tudo pra atrair a atenção da mulherada que anda sedenta de boas festas.

A festa é sempre realizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, porém ainda sem sede definitiva. A primeira edição da festa, com pouco menos de cinqüenta pessoas, aconteceu no apartamento das produtoras Joanna Jourdan e Caró Vilares, em Copacabana. Devido ao crescimento da festa, a sua segunda edição aconteceu no apartamento do realizador da festa X-Demente, Fábio Monteiro, tendo mais que o dobro do público da festa anterior.

Agora, entrando na sua terceira edição, a Berada investe na Dj Miss Coller (eletro), vinda diretamente de Belo Horizonte, além da Dj Duda (rock), uma das produtoras da festa e uma das redatoras daqui.

Os ingressos podem ser comprados antecipadamente, por R$10 + R$5 de consumação, na loja Gávea.Com, no Shopping da Gávea, 3º piso e na Casa da Lua, Rua Barão da Torre, esquina com Vinicius de Moraes – Ipanema.

Quem participa da Lista Amiga, paga R$10 + R$10 de consumação:
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=45891740&tid=2592360026423830328&start=1

E quem paga na hora e não participou da lista amiga (as desorientadas de fato), compra por R$15 + R$5 de consumação.

BERADA
Clube Hebraica – Laranjeiras
Rua das Laranjeiras, 346
11 de abril, 22h
Faixa Etária: 18 anos

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Juno

Após o sucesso de 'Pequena Miss Sunshine', percebeu-se que somos capazes de rir (e muito) de nossos problemas. 'Juno' segue a linha que, surpreendentemente, tem caído nas graças do público: a tragicomédia. O motivo é simples; é impossível não se identificar com os personagens ou relacioná-los a personagens de nossas próprias vidas.


O filme conta a história de uma adolescente de 16 anos que engravida do melhor amigo. Um enredo batido, que se encaminha para uma solução óbvia e cada vez mais comum entre adolescentes ao redor do mundo. Mas desde o primeiro minuto percebe-se que Juno (Ellen Page), é uma menina diferente. A história pega um rumo inesperado quando a adolescente toma uma decisão peculiar e acha um casal disposto a adotar o bebê. Com um humor rápido, inteligente e nada óbvio, é traçada a tragetória de Juno, apoiada por seus amigos e sua familia.

Para fechar com chave de ouro, a trilha sonora não poderia se encaixar melhor. Aqui vai um trecho da música 'Anyone Else But' you cantada pelos personagens Juno e Bleeker:


Engraçado, emocionante e fofo. Não dá pra não sair do cinema se sentindo leve e com um sorriso de orelha a orelha.
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segunda-feira, 24 de março de 2008

La Photographie.

Abs.tra.ção s. f. 1. Ato ou efeito de abstrair ou abstrair-se; abstraimento. 2. Filos. Operação pela qual o espírito considera separadamente coisas inseparáveis na natureza. 3. O resultado dessa operação (conceito, idéia). 4. Estado de alheamento do espírito; devaneio, meditação. 5. Bel.-art. Trabalho de arte abstrata.

Soa meio complicado para mim! E pra vocês? Bom, só sei que, com um mínimo de informação/escolaridade, podemos, mesmo sem ler esta definição do 'pai dos burros', discernir o que é ou não abstrato. Uma imagem abstrata, uma idéia abstrata: tais conceitos soam como algo mais moderno/cult? Abstração remete a um conceito contemporâneo? Então vou colocar, abaixo, uma humilde foto de minha autoria, para que cada um opine sobre isso, apesar de eu nunca ter visto um sexo dos anjos tão absurdo vindo de minha pessoa, quanto mais num blog! Hahah :D


[ Renan, te agradeço muito pelo convite para participar aqui da Artisting Magazine. I still think you've overrated me! ]

sábado, 15 de março de 2008

O medo do poeta

Sabe o que me perturba? O que realmente me mete medo? Morrer e não ser lembrado. Não por amigos e parentes, mas pelo mundo. Passar em branco pela terra é como nunca ter nascido. Infelizmente esse é um dos maus que assolam grandes gênios esquecidos. Podemos usar por exemplo um poeta mineiro que nasceu no início do século passado (1902) e como bom filho de seu estado natal, seguiu o movimento Modernista que se espalhava pelo mesmo. Sua poesia era fascinante, mais do que o próprio poeta em si, e esse é um medo que todo poeta possui, e se não possui, deveria possuir. O medo de ser lembrado pelas suas palavras e não pelo seu nome.

Todo mundo conhece aquele famoso trecho: “No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho” , mas quantos sabem quem o escreveu? Infelizmente, aqui no Brasil, às vezes, damos mais valor à obra do que ao autor em si. Os poetas são normalmente esquecidos, ou deixados de lado. Para quem não conhece o autor desse famoso poema, lhes apresento Carlos, ou como é mais conhecido: Carlos Drummond de Andrade.Com Drummond não foi muito diferente, apesar de ser um poeta extremamente conhecido e de muita influencia para sua geração, assim como o francês Rimbaud, citado no artigo anterior, Drummond nem sempre é visto ao lado de sua poesia. Dissocia-se ele de sua obra na maioria das vezes.

Todos nós sabemos quem foi Carlos Drummond de Andrade, mas poucos de nós sabem quais poesias famosas ele escreveu. Ele é venerado como grande poeta, mas esquecem de associar ao poeta a sua poesia. É como se víssemos o nome no fim do papel, e depois lêssemos o que o precede (o poema, o texto em si) sem unir um ao outro.

E isso não ocorre apenas com esse ilustre poeta. Outros grandes poetas sofrem do mesmo mal nessa terra injusta. Talvez por que nem todos os poetas daqui sejam tão interessantes quanto a sua poesia. De fato, afirmo que nem todos vivem o que escrevem, e isso chega a ser deprimente. Talvez seja por isso que cresce cada vez mais o numero de textos e poemas assinados como “anônimo” no lugar aonde deveria ostentar o nome de um possível autor.

Acredito que o poeta deve ser levado mais em conta do que o seu próprio trabalho, pois o mesmo só devera refletir o que ele é. Falar de algo sem ter vivido é como ensinar sem que ninguém tenha aprendido. É por isso mesmo que se especula muito sobre os versos de uma poesia. Podemos ver isso claramente quando o poeta em questão escreveu aquele famoso verso já citado, “No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho”, falaram tanto sobre esse pequeno trecho que o próprio teve que esclarecer que o poema falava apenas e só apenas de uma pedra de verdade e não de problemas ou dificuldades como se era pensado na época.

Até que ponto o poema fala diretamente e quando é que ele quer dizer outra coisa? Ninguém sabe ao certo. Às vezes nem o autor. Por isso, sigo um dos ditados mais conhecidos de Sigmund Freud: “Às vezes um charuto é apenas um charuto”. Drummond não teve a mais interessante das vidas, mais não deixou de ser um grande poeta. Por isso, recusem-se a crer que um poema é simplesmente anônimo. Não matem o poeta antes que ele mesmo o faça.

Apesar de que, como diz o ditado: poeta bom, é poeta morto.